De acordo com a matéria publicada hoje (15/07) no site do jornal “O Globo”, a Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – aprovou o funcionamento de cursos de pós-graduação stricto sensu a distância. Este órgão que é vinculado ao Ministério da Educação (MEC), publicou uma portaria em 29 de abril, abrindo o edital até 9 de agosto, para os pedidos de instituições interessadas na oferta deste nível de curso a distância.
Para oferecer um mestrado stricto sensu a distância, de início a instituição deve ser credenciada pelo MEC e ter nota mínima 4 no Índice Geral de Cursos (IGC). E ainda, precisa já ter funcionando um programa de curso presencial na mesma área, com nota mínima 4, na última avaliação do órgão.
Os especialistas da área veem a medida predominantemente positiva, mas alertam sobre os mecanismos de avaliação, que devem ser rígidos, visando evitar discrepâncias entre os modelos presencial e a distância.
Robert Verhine, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em avaliação do ensino superior e Coordenador do grupo de trabalho do Conselho Técnico-científico da Capes, que formulou os critérios de avaliação para esta nova modalidade, afirma que cada área terá requisitos bem específicos.
“Cada área tem exigências específicas. Medicina tem critérios que são diferentes dos de outras áreas. É por isso que considero que o número de programas aprovados, no início, será bem pequeno. É provável que algumas áreas não consigam ter nenhum programa aprovado nesse primeiro edital” — explica Verhine.
O Diretor-presidente da ESAB, Nildo Ferreira, comentou que trata-se de um grande avanço para o setor da educação superior a distância e parabenizou a Capes pela medida.