O Hino Nacional Brasileiro é um dos símbolos da República Federativa do Brasil, que é comemorado no dia 13 de abril.
A escolha dessa data deve-se ao fato de que, na noite do dia 13 de abril de 1831, a música do nosso hino foi tocada pela primeira vez no Teatro São Pedro de Alcântara, na cidade do Rio de Janeiro. Até abril de 1831, o hino considerado “nacional” era o Hino da Independência, composto pelo próprio imperador D. Pedro I.
O criador da música do hino, parte instrumental, foi o maestro Francisco Manuel da Silva (1795-1865), que era cofundador do Instituto Nacional de Música e da Imperial Academia de Música. A música e letra foram criadas logo após que D. Pedro I abidicou do trono para o seu filho, no dia 7 de abril de 1831. Francisco Manuel era partidário do imperador e procurou criar um hino para saudar o futuro do novo imperador. A primeira versão da letra, escrita por Ovídio Saraiva, evidenciava bem esse contexto:
Uma prudente regência
Um monarca brasileiro
Nos prometiam venturosos
O porvir mais lisonjeiro.
E vós donzelas brasileiras
Chegando de mães ao estado
Dai ao Brasil tão bons filhos
Como vossas mães tem dado.
Com a proclamação da República em 1889, os republicanos propuseram a composição de uma nova letra, mais de acordo com o novo regime político. Porém, foi apenas em 1906, que foi finalmente autorizada uma reforma no Hino Nacional, proposta por Alberto Nepomuceno, membro do Instituto Nacional de Música.
Em 1909, a nova letra foi eleita em um concurso criado para esta finalidade, escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927).
O Hino Nacional Brasileiro se tornou oficial em 1922, durante as comemorações do centenário da Independência do Brasil.
Letra do Hino Nacional Brasileiro
PRIMEIRA PARTE
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
SEGUNDA PARTE
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
– Paz no futuro e glória no passado.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!